Todos os dias, pelas redes sociais, profissões são homenageadas, todo dia tem o dia de alguém, mas, pergunto, por que ou por qual motivo o povo negro de Santa Luzia é tão silenciado?
Por que a Cultura Institucional não valoriza o povo negro de Santa Luzia, não celebra a diversidade, a identidade negra, as raízes negras locais, não provoca os espaços, não empodera, por que a cultura negra de Santa Luzia é tão desvalorizada?
Há uma narrativa de valorização, mas as ideias não correspodem aos fatos, não há uma agenda positiva, ações, atitudes, as narrativas são sempre as mesmas, o discurso se repete, as práticas de silenciamento continuam.
Hoje, 06 de outubro, Dia Municipal da Mulher Negra de Santa Luzia, o dia da luta, da resistência, da cultura negra, Dia de Céu do Talhado, Dia de Rita Preta, Dia de Dona Jovelina, Dia de Gileide, Dia de Janaína, Dia de Todas as Mulheres Negras do Talhado.
É dia também de combate ao racismo, dia de valorização do povo negro, dia da cultura Negra de Santa Luzia, Dia da Comunidade do Talhado, dia do forró, dia dos trios de forró da Serra do Talhado, um dia de muito axé.
A luta continua, por espaços, lugares, por práticas afirmativas, ações positivas, valorização, afeto.
A Cultura Negra de Santa Luzia já nos deu tanto, Aruanda, Rita, Preta da Paraíba, Céu, O filme, louceiras, agora precisa receber, e começa pelo reconhecimento de toda Santa Luzia, SIM, SOMOS TODOS TALHADO, SIM, SOMOS TODAS MULHERES NEGRAS DO TRALHADO, SIM, SOMOS TODOS A CULTURA NEGRA DE SANTA LUZIA.
P.s: A cultura é o povo, está nas ruas, não se faz cultura só com dinheiro, se faz com ações, reconhecimento, prestigiando seus sujeitos.
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